Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador: conheça o time científico do Manual do Mundo
- Luchelle Furtado
- 8 de jul. de 2021
- 6 min de leitura
Atualizado: 11 de mar. de 2022
Time científico do Manual do Mundo
Manual do Mundo busca conciliar informação, ciência, conhecimento e entretenimento em uma linguagem fácil para todos - Foto: Pixabay
Luchelle Furtado
O Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador (a) Científico (a), sancionado em 2001 e 2008, respectivamente, é um dia importante para dar visibilidade e relembrar a importância das produções científicas do Brasil. Levando em conta que a ciência está inserida em praticamente todos os contextos da nossa rotina diária, nada mais justo do que criar uma data comemorativa para ela e para quem leva a ciência tão a sério.
Dia Nacional da Ciência
Como se sabe, o Manual do Mundo é um canal voltado para educação e entretenimento. Nesse caso, claro que íamos falara sobre o Dia Nacional da Ciência. Dentre a grade da nossa programação, contamos com conteúdos que despertam a curiosidade e a criatividade das pessoas. Descomplicar e transformar o chato em divertido é com a gente. Nosso objetivo é sermos, junto com o público, desbravadores do conhecimento.
Partindo desse ponto, a ciência, sem dúvida alguma, é uma grande aliada. Já que, por meio dela, conseguimos nos tornar e adquirir o título no Guinness World Records de maior canal de Ciência e Tecnologia em língua portuguesa do mundo, durante nossa festa de 10 anos em 2018.
No entanto, nenhum trabalho bem feito é realizado sozinho. Para levar inúmeros conteúdos de ciência, tecnologia, inovação, curiosidades e por aí vai, muitas pessoas se dedicam diariamente.
Nesse caso, como hoje é o Dia Nacional da Ciência e do (a) Pesquisador (a) Científico (a), nada mais justo do que ceder esse espaço para os nossos capitães, que cuidam da parte técnica de análise e produção de tudo aquilo que é veiculado no nosso canal e redes.
Capitães do Manual do Mundo
Arthur Okuda, o super preciso
Ainda em formação, Arthur cursa Engenharia de Materiais e escolheu essa área porque, em sua visão, combina de forma interessante o aspecto aplicado do conhecimento em engenharia com o aspecto mais fundamental de ciências como a química e a física.
“Para mim, a ciência é uma forma de enxergar o mundo que faz uso da observação e da razão para tentar conhecer melhor a natureza. Acredito que esse conhecimento é a chave para nós entendermos melhor o nosso papel como seres humanos e, se usado para os fins corretos, tem o potencial de fazer com que as pessoas possam viver de forma cada vez melhor.”
No Manual do Mundo, ele já foi o cabeça de vídeos como o Galinho do Tempo, o Espeto de Churrasco que Gira, o Movimento Dentro da Célula e muito outros! Para ele, é fundamental tentar olhar para tudo o que é feito sob o ponto de vista científico. “O que eu acho mais interessante nessa abordagem são os muitos resultados surpreendentes ou contra intuitivos que podem surgir de temas aparentemente comuns. Nesse sentido, a ciência é a maior aliada da curiosidade.”
Mas, Arthur, afinal de contas, qual a importância do Dia Nacional da Ciência e desse assunto ser discutido em vários meios, inclusive no YouTube? “Muitas pessoas acham que a ciência é uma coisa complicada que só é praticada dentro de laboratórios de grandes universidades por pessoas com jaleco branco usando equipamentos caríssimos. Na verdade, o conhecimento científico pode ser praticado por todas as pessoas, nas mais variadas situações. Muito mais do que uma atividade em si, acredito que ciência é uma forma de pensar.”
Fernando Alves de Souza, o “paizão”
O Fernando é o capitão mais antigo do Manual e sabe muito bem como as coisas funcionam por aqui. Formado em física pela USP, ele começou a graduação na modalidade do bacharelado – porque queria seguir a carreira de pesquisador – mas começou a lecionar e terminou o curso fazendo licenciatura.
Imerso na ciência e no Manual há um tempo, Fernando gosta de ressaltar a importância da pesquisa que é feita para produzir os conteúdos. “Tudo que a gente vai comunicar nos vídeos demanda muita procura de fontes e leitura de artigos. É um trabalho de pesquisa e, em alguns casos, testes. Depois disso, ainda vem toda a parte de conseguir deixar esses conteúdos, que muitas vezes são super complexos, fáceis de serem explicados, mas ao mesmo tempo cumprindo com a preocupação de não cometer nenhum erro nesse processo de transposição.”
No entanto, mesmo a ciência acontecendo em diversos espaços e podendo ser feita por qualquer pessoa que queira seguir e estudar nessa área, existe um estereótipo que diz o contrário. “A gente comete o erro de separar a ciência do mundo, como se ela fosse uma maneira de enxergá-lo, como um óculos que a gente veste e consegue fazer leituras diferentes do que acontece na nossa frente. Isso é um jeito interessante de pensar, mas coloca a ciência numa posição isolada da realidade.”
Para Fernando, isso precisa mudar, e trabalhar com a divulgação científica dentro do Youtube é um caminho. Isso porque, é certo dizer que a ciência é extremamente importante e deve ser difundida. “Talvez, pra ser mais justo, eu consiga definir a ciência como um conjunto de saberes que são construídos socialmente, ao longo da história, e que vão determinar como a gente enxerga, mas também como a gente pode interagir e mudar o mundo.”
Pena, o cara do submarino
Sim, todos os vídeos do submarino tiveram como cabeça o Roberto Spinelli, ou com ele é conhecido, Pena. Mas sabia que isso poderia não ter acontecido? Isso porque, ele muito novo percebeu que gostava de descobrir coisas novas, de entender como o mundo funciona e de imaginar o que haveria além, no universo para ainda ser desvendado. Com isso, uma dúvida pairou sob a sua cabeça entre física ou filosofia. E sabe o que desempatou esse impasse? Uma moeda (literalmente) “decidiu” que ele deveria seguir na física.
“A ciência é o método mais confiável que conhecemos para se aproximar da verdade. Ela prescinde de grandes líderes e livros sagrados. É um esforço coletivo em pôr à prova cada ideia, hipótese ou teoria. Somente o que passa nessa prova de fogo prossegue. Sem a ciência, podemos facilmente nos enganar. No final, cada um precisa responder à pergunta: você quer estar certo ou descobrir a verdade? A ciência vai certamente te tirar as certezas, mas vai te entregar a verdade. Faça sua escolha.”
E como é a ciência no Manual do Mundo? “A experiência é o juiz: as coisas funcionam ou não funcionam, não importa o quanto a teoria diga que sim ou não. No Manual, nosso compromisso é com a experiência, com o teste da realidade, não fingimos nada. Nesse sentido, a ciência serve de base para todo nosso conhecimento reunido e registrado em cada vídeo.”
Para Pena, também é fundamental romper este paradigma e prover a todos esse acesso à informação. “É surpreendente que seja possível, fora de um ambiente acadêmico, existir um canal com foco em ciência e que permite construir e experimentar tantas coisas diferentes. Fico muito feliz que a ciência esteja ganhando novos espaços e se tornando mais acessível ao grande público. Deveria ser assim desde o começo.”
Vitor, o musical
E quem foi que disse que no Dia Nacional da Ciência, a gente só ia falar em exatas? O Vitor, nosso último capitão, porém não menos importante, é formado em Licenciatura em Música. A escolha se deu porque ele é a quarta geração de músicos da família. Mas, com o passar do tempo, ele acabou misturando ciência, música e tecnologia.
“A ciência pra mim é um estilo de vida. Um estilo de vida de curiosidade e querer entender como o mundo e o universo funciona. Ser cientista é um jeito de manter vivo aquele brilho no olho da criança interna e sempre ter a capacidade de se encantar com as coisas do mundo. Com isso acontecem as grandes inovações.”
Para ele, o trabalho científico também serve para combater fake news, já que a ciência possui um método de checar a veracidade. “Quando adquirimos um conhecimento, isso é ciência. E para isso acontecer, temos que colocar o nosso senso comum à prova e ver se é verdadeiro. E aí é que é a parte mais legal, pois podemos descobrir se ele é verdadeiro ou se vamos nos deparar com outras coisas e perguntas. Isso é o que mais me cativa: querer sempre descobrir, ver além das coisas e me manter curioso.”
Além disso, para Vitor, a ciência também vai além: com ela é possível manter vivo aquele brilho no olho da criança interna e sempre ter a capacidade de se encantar com as coisas do mundo.
“Eu sempre gostei de ensinar, aprender e testar coisas. Penso que a licenciatura, o ensinar, é algo muito maior que a sala de aula, porque acontece a todo momento, em todo lugar. Gosto de trabalhar em lugares que extrapolam as paredes da escola e levam o gosto por aprender para as pessoas em seu cotidiano. No Manual do Mundo é incrível, pois é possível contribuir muito para que as pessoas aprendam coisas novas e apoiar o sistema de ensino do Brasil e de outros países até.”
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